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Comissão Científica

Eng. Prof. Huri Alexandre Raimundo, MsC
DNIT e UNISUL

HURI ALEXANDRE RAIMUNDO é Engenheiro Civil graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC em l992, Mestre em Infraestrutura e Gerência Viária pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC em l998, Pós-Graduado na modalidade MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, em 2014, Pós-Graduado na modalidade MBA em Gestão Pública com Ênfase em Projetos pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, em 2016, e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PPGEC da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, na área de Pavimentação. Foi engenheiro de projetos e supervisão de obras rodoviárias pela empresa SOTEPA Ltda., no período 1992/2006. Desde 2000 é professor do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL e, a partir de 2006, é Analista em Infraestrutura de Transportes do Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes – DNIT.

Eng° Prof. Huri Alexandre Raimundo, MsC

ENTREVISTA

 

O que a 10ª edição vai abordar de novidades, em especial para o mundo acadêmico?

O Seminário Nacional Modernas Técnicas Rodoviárias se consolidou tanto no meio acadêmico, como entre os profissionais que atuam no setor rodoviário, se tornando um evento referência, não só pelo que oferece em termos de conhecimento sobre diversas temáticas, mas também como ponto de encontro de engenheiros de todo o Brasil, já que se repete a cada 2 anos. E isso é algo muito interessante, pois além das atualizações técnicas, em termos de pesquisas, soluções de engenharia, tecnologias, cases de aplicações de técnicas e materiais, novos sistemas, etc., existe essa áurea que transcende o universo da engenharia e abraça esse aspecto social, a ponto do espaço que se destina aos patrocinadores do evento, que denominamos de feira de negócios, onde estão posicionados os estandes, servir de ambiente para um “happy hour”, para o reencontro de profissionais, para comercialização de produtos e discussões técnicas descontraídas.

 

Em termos de assuntos que são abordados, o Seminário sempre procura oferecer temas que representem uma mudança, uma quebra de paradigma. Claro que com a crise econômica que o País atravessa há um impacto no mercado rodoviário e, consequentemente, se mal se consegue dar andamento nas obras existentes, inovações técnicas ou grandes obras com soluções modernas também não despontam com tanta repercussão. Isso é um desafio para a Comissão Organizadora do evento, ainda mais se tratando de um encontro programado bianualmente. Logo, a preparação do Seminário, a busca por temas, palestrantes e também empresas com disponibilidade para patrocínio e divulgação de seus produtos e marca, se torna mais difícil.

 

Mesmo assim, a 10ª edição trará algumas novidades que interessam ao setor e, considerando o olhar futuro, especialmente o mundo acadêmico. Nós teremos, por exemplo, uma palestra sobre o Novo Método de Dimensionamento Nacional – MeDiNa, que é fruto de um convênio IPR/DNIT e a COPPE/UFRJ, com a participação da Rede Temática de Asfaltos. Esse novo método, que por enquanto abrange pavimentos flexíveis e semi-rígidos, traz uma nova sistemática de caracterização dos materiais que comporão a estrutura de pavimentação de uma rodovia, o que ensejará uma quebra de paradigma e uma necessidade de inovação tecnológica ao meio rodoviário, representando um importante avanço em projetos rodoviários, a exemplo do que muitos países de ponta já fazem.

 

Teremos também, como de praxe, exposição de modernizações que estão sendo incorporadas ao DNIT, principal órgão rodoviário do País, bem como o DEINFRA, órgão estadual responsável pelas rodovias administradas pelo governo de Santa Catarina. No caso do DNIT, na edição anterior trouxemos o Novo SICRO, palestra com bastante repercussão positiva. Nesta 10ª edição estamos trazendo “Novas ferramentas aplicadas a Gestão da Malha Rodoviária Nacional”, um tema voltado a manutenção rodoviária que, como externamos anteriormente, com baixos investimentos em infraestrutura rodoviária, a atividade de manutenção acaba ganhando mais evidência. Já no caso do DEINFRA, a 10ª edição trará um “case” de uma técnica aplicada na Restauração do Pavimento do trecho São Joaquim – Lages, denominada HIMA (Ligante Altamente Modificado), cujos resultados são animadores.

 

Ainda com boa aderência no meio acadêmico o Seminário irá abordar Inovações na Reciclagem in situ de Revestimento Asfáltico com controle de Granulometria, e as soluções de engenharia com novas tecnologias que são desenvolvidas pelos parceiros do Seminário, tais como GEOBRUGG, HUESKER/TECNIGEO e MACAFERRI.

 

Além destes, a 10ª edição irá trazer à baila alguns temas que cada vez mais ganham destaque no setor rodoviário, tais como a incorporação dos conceitos associados a Ciclo de Vida para aplicação em projetos de rodovias, inovações na gestão ambiental de obras rodoviárias, redução de acidentes, etc.


O que se espera da sessão técnica?

A sessão técnica é um espaço de divulgação de pesquisas acadêmicas, onde pesquisadores vinculados a programas de Pós-Graduação das principais universidades brasileiras apresentam o estado da arte nas temáticas abrangidas por suas pesquisas.

 

Trata-se não só de externar ao mercado rodoviário por onde está trilhando as linhas de pesquisa e inovação relacionadas ao setor, seja em termos de materiais, seja em termos de controles tecnológicos, seja em termos de soluções técnicas aplicadas, mas também de reconhecimento público, o que permite aos participantes do Seminário ter acesso ao que está sendo produzido nas frentes universitárias.

 

Além deste contexto de divulgação de métodos e resultados de pesquisas, a sessão técnica ainda oferece uma premiação aos trabalhos em prol da engenharia brasileira.

 

Sessão mesa redonda

No 9º Seminário Nacional Modernas Técnicas Rodoviárias trouxemos uma sessão denominada “Mesa Redonda” onde foram discutidos assuntos relacionados a auditoria de Obras Públicas, no qual de um lado tínhamos representante dos Órgãos Rodoviários DNIT e DEINFRA, do outro dos Órgãos de Controle Externo TCU e CGU, e também do setor construtivo (empresarial), sendo que todos puderam abordar aspectos relacionados as suas atividades e, posteriormente, teve-se os contrapontos com abertura para a participação da plateia. A temática foi muito bem recebida pelos participantes daquele evento, a ponto de ser solicitado que fosse repetida nas próximas edições.

 

Desta forma, novamente nesta 10ª edição haverá a sessão “Mesa Redonda – Auditoria de Obras Públicas”, desta vez com a participação dos Tribunais de Contas da União (TCU) e do Estado de Santa Catarina (TCE), da Controladoria Geral da União (CGU), além dos Órgãos Rodoviários DNIT e DEINFRA.

 

A temática desta sessão transitará nos aspectos relacionados as auditorias, tanto sob a perspectiva dos órgãos de controle, como nos órgãos executivos de engenharia. Com isso, espera-se abordar casos de irregularidades recorrentes e como os órgãos rodoviários tem procurado se adequar aos principais apontamentos das auditorias.

 

Essa discussão é sempre salutar, na medida que expõe as dificuldades na prática executiva ou deficiências da legislação aplicada aos órgãos executores, ao passo que explicita as principais vedações que são objeto do controle externo. Neste “brainstorming” o que se deseja é limitar dentro de um intervalo de aceitabilidade, os passos executivos que geralmente estão atrelados a políticas públicas urgentes, sem estar irregular perante os órgãos de controle.

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