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Entrevistas

VANDERLI FAVA DE OLIVEIRA

PROF. VANDERLI FAVA DE OLIVEIRA PHD

UFJF/ABENGE

Universidade Federal de Juiz de Fora/Associação Brasileira de Educação em Engenharia

CURRÍCULO

​Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF (1979), Mestrado (1993) e Doutorado (2000) em Engenharia de Produção pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE/UFRJ, Pós-Doutorado (2009) em Educação em Engenharia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Atualmente é Professor Titular Convidado da UFJF e Presidente eleito da Associação Brasileira de Educação em Engenharia ? ABENGE. Avaliador de Cursos e de Instituições do INEP/MEC. Foi membro da Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA) INEP/MEC (2009/2015), membro da Comissão do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE 2005, 2008, 2011 e 2014 - INEP/MEC, Multiplicador do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES (2007), Avaliador de Cursos do Sistema ARCU-SUR (Sistema de Credenciamento Regional de Cursos de Graduação em Engenharia dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados) e membro da Comissão de Especialistas em Engenharia de Produção do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA, no convênio CONFEA/ABENGE/MEC. Criador e Coordenador das Sessões Dirigidas do ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) de 2007 a 2014. Criador e Coordenador das Sessões Dirigidas do COBENGE (Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia) desde 2007. Presidente da Associação Brasileira de Expressão Gráfica ? ABEG (2000-2003), membro do Grupo de Trabalho de Graduação da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) de 2001 a 2016. Diretor da ABEPRO (2005-2007), Presidente do Fórum Mineiro de Engenharia de Produção ? FMEPRO (2005-2009), Presidente da Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora - APES-JF (1986-1988), Secretário da Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior - ANDES (1988-1989). Foi Diretor de Assuntos Comunitários da UFJF de 1994 a 1996 quando implantou e regulamentou a Assistência Estudantil na UFJF e Diretor de Avaliação Institucional de 2011 a 2016 quando implantou a Diretoria de Avaliação Institucional da UFJF. Coordenou a implantação do Curso de Engenharia de Produção da UFJF em 2000 e foi seu Coordenador até 2010. Durante esse período o curso conquistou nota máxima no ENADE em todas as suas edições, conquistou 5 estrelas no Guia do Estudante e implantou a Empresa Júnior (MAIS Consultoria) a primeira de Engenharia a ser certificada ISO 9000 no país. Até 2015 foi homenageado (paraninfo/patrono) por 11 turmas de formandos no curso de Engenharia de Produção da UFJF. Um dos 18 ex-alunos da Faculdade de Engenharia homenageado pelo Diretório Acadêmico de Engenharia no centenário da Faculdade (1914/2014). Foi homenageado por serviços prestados à Engenharia de Produção Mineira no VIII EMEPRO (Encontro Mineiro de Engenharia de Produção) realizado na UNIFEI (07 a 09 jun 2012). Foi também agraciado com a "MENÇÃO HONROSA ABEPRIANA" no ENEGEP 2012 realizado em Bento Gonçalves - RS. Foi homenageado no dia 11 de dezembro de 2017 com o prêmio Personalidade da Tecnologia 2017, área de Educação pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP).

ENTREVISTA

a) qual a sua impressão atual da relação ensino-aprendizado profissional dos engenheiros civis, baseando-se nas boas escolas de engenharia (IFES e/ou sistema PUC, ou outra exceção à regra)?

Entendo que ensino e aprendizagem são indissociáveis quando tratamos da formação como sendo processual. Se assim for, a avaliação é também parte indissociável. Ensino/aprendizagem e avaliação são os componentes principais neste processo. A adoção desta visão implica em adotar metodologias ativas de aprendizagem, visto que, hoje é necessário mais do que conhecimento, ou seja, o desenvolvimento de competência é o que deve prevalecer. O que se percebe é que esta abordagem ainda é minoritária nos cursos, portanto, há muito o que fazer para que nossos cursos alcancem patamares já atingidos pelas melhores escolas do mundo.

 

b) qual o grau de preparação no lidar com a TI sem ser "engolido" por ela?

Quem tem apenas formação conteudista na área corre sério risco, mas se forem desenvolvidas competências para atuar na área o risco é menor de ser “engolido”.

 

c) como se observa no desempenho profissional da "disciplina projeto" nos cursos de engenharia civil?

Na minha tese de doutorado eu defendi que os cursos de Engenharia Civil da época não aprendiam projeto. O que tinham (a maioria ainda é assim) era um elenco de disciplinas fragmentadas, nas quais eram disponibilizadas técnicas e ao final do curso havia a falsa suposição de que sabendo técnicas automaticamente saberiam projetar

Aliás, nossos cursos de Eng Civil pouco avançou em termos até de técnicas. Os alunos aprendem pouco além de construção na base de areia, cimento e brita como materiais estruturantes.

 

d) Poderia complementar com mais algumas colocações a respeito do atraso da grade curricular frente aos avanços da TI (especialmente a plataforma BIM BIM e softwares de projeto, excetuando o AUTO CAD) na vida profissional de engenheiros civis?

O modelo “grade” remonta às 1as escolas e está mais do que superado.

A moderna formação se dá através do desenvolvimento de atividades, principalmente em casos reais, para não apenas tentar a apropriação de conhecimentos, mas principalmente para desenvolver competências. Com isso, TI e plataforma devem ser parte das atividades ... disciplinas de TI ou de BIM apenas disponibilizam conhecimento (nem sempre apropriado por todos, o que é previsto no próprio modelo de “ensino” pois o aluno pode “passar” sabendo só 60%). Não está mais interessando o que se sabe (conhecimento está se tornando commodity), interessa mesmo é o que o estudante sabe fazer com o que aprende.

Palestra de Abertura - Proposta para Engenharia do Futuro

07/10/2019 (Segunda-feira) - 09:30 - 10:20

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